“Tu me encontraste quando eu ainda era jovem, Ó Deus, e me ensinaste tudo que eu sei. Agora conto ao mundo tuas maravilhas, farei isto até estar velho e grisalho, não me abandones, ó Deus até que eu esgote as notícias do teu forte braço direito a este mundo, até que eu anuncie o teu poder às gerações vindouras” Salmo 71.17-18 (Edição contemporânea)
Legado é algo deixado para outra pessoa ou grupo de pessoas, quer seja por testamento ou não, que pode ser material ou imaterial. É o que fica depois que uma pessoa morre ou que um evento termina que trará benefícios às gerações futuras.
Nos últimos tempos, temos ouvido falar sobre o legado deixado pela copa do mundo e pelas olimpíadas em nosso país, o legado que atletas medalhistas têm deixado para a nova geração. É verdade que um campeão de qualquer esporte influencia outras pessoas. Mas o mais importante não é uma vitória esporádica, e sim como vivemos no dia a dia durante toda a nossa vida.
A grande questão é: o que nós, cristãos, do século 21, período da chamada pós modernidade, onde o relativismo tem tomado conta de tudo, e o absoluto tem sido negligenciando, temos deixado como legado para os que convivem conosco e para as próximas gerações?
Precisamos viver o que recebemos do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo: a salvação e os valores da Palavra viva de Deus, que é um legado extraordinário para a humanidade. É um presente maravilhoso que nos foi passado de geração a geração. Devemos transmitir aos nossos filhos uma vida de adoração a Deus, reverência, respeito, caráter e serviço, pois isto fará a diferença na vida deles. O que temos feito ou a forma como temos vivido, poderá ser uma benção ou um problema para as pessoas do nosso convívio. Quando formos para a eternidade, as pessoas que conviveram conosco se lembrarão de como vivemos, isso poderá animá-las e fortalecê-las ou trazer decepção e escárnio. Os nossos filhos e netos terão saudades de nós ou irão dizer: “já foi tarde”?
Gostaria de deixar dois exemplos de homens do passado, um que foi uma bênção e o outro um grande problema para as futuras gerações. O pastor Jonathan Edwards teve 1.394 descendentes conhecidos; destes, 3 se tornaram presidentes de universidades ou reitores, 3 Senadores dos Estados Unidos, 30 Juízes, 100 advogados, 70 médicos, 65 professores de universidades, 75 oficiais de exército e marinha, 100 pregadores e missionários, 70 escritores de destaque, 1 vice-presidente dos Estados Unidos, 80 funcionários públicos, 250 formados em universidades, entre eles governadores de Estado e diplomatas enviados a outros países. Já o ateu Max Jukes, que era contemporâneo de Jonathan Edwards, tinha uma vida promíscua, e atacava os discursos, a ideologia e as pregações do referido pastor. Na genealogia de Jukes foram encontrados 540 descendentes dos quais, 310 morreram indigentes, 150 foram criminosos, sendo 78 assassinos, 100 alcoólatras, e mais da metade das mulheres eram prostitutas. Em suas vidas deram um alto custo ao governo, enquanto que a família de Edwards foi uma benção para a nação. Este foi um estudo feito por Benjamim B. Warfield na universidade de Princeton.
Os sociólogos chamam a forma como Jonathan Edwards criou os seus filhos de “a regra das cinco gerações.” Como um pai cria seus filhos, o amor que eles demonstram, os valores que ensinam, o ambiente emocional que oferecem e a educação que provêem, não só influenciam seus filhos, mas às quatro gerações seguintes. Em outras palavras, o que os pais fazem pelos seus filhos no presente, permanecerá pelas próximas cinco gerações. Isto mostra a importância de deixarmos um legado cristão para os nossos filhos.
No amor de Cristo,
Pr. Maurício de Carvalho Xavier