Gn 4.7 – “Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar.”
O pecado é um adversário perigoso, grudento e ardiloso; pode manifestar-se sorrateiro, dissimulado e muito bem disfarçado. Mas é sempre atrativo e dominante. Mas na sua essência ele é escravizador, opressor, dominante, tirano e quando faz refém, certamente tem intenção de aniquilar. O texto clássico de Paulo aos Romanos afirma sem rodeios: “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Rm 5.12).
Com uma sociedade humana reduzida a umas quatro pessoas e todos formando uma só família, todos os acontecimentos e ocorrências, não eram grandes, afinal os problemas crescem proporcionalmente ao volume de indivíduos disponíveis a praticar ações que afetam individual e coletivamente os que lhe cercam. Assim atitudes de rebeldia, dureza de coração, atos egoístas e violências não eram comuns entre aquelas pessoas. Mas agora manifestou-se de forma acintosa e forte na pessoa de Caim. Mas mesmo em meio à crise pessoal, Deus continuou amando e estendendo a sua misericórdia a ele e trabalhando para restabelecer o ambiente de comunhão e amizade. Caim estava furioso, mas Deus se mantinha longânimo e paciente; apontou-lhe a atitude errada e o chamou fazer o certo e assim haveria aceitação e a vida voltaria ao normal. Caim tinha a escolha de fazer o certo, como estava sendo advertido pelo Senhor – mas também tinha a opção de endurecer-se e permanecer em sua condição de impenitente. O Senhor, antecipou-lhe as consequências de ambas as escolhas, tal como fizera com Adão e Eva no Paraíso a tempos atrás. Caim ainda não estava dominado pelo poder do pecado, mas poderia vir a sê-lo; por enquanto competia a ele dominar os sentimentos e desejos que lhe corroíam por dentro. Deus nunca dá ordens absurdas e nem delega responsabilidades impossíveis de ser feitas. Caim foi exortado a resistir seus sentimentos e colocar-se como senhor sobre os desejos maus e fazer valer a sua autoridade como pessoa.
O pecado bate à porta, mas não entra se ela não for aberta por dentro! A tentação, as provações podem ser resistidas e vencidas, podemos exercer controle e domínio sobre isso, porque Deus disse que podemos, Ele o disse para Caim e reafirma para nós: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1 Co 10.13).
Tentação nunca foi pecado, mas ceder a ela sim, mas compete a nós evitar, fugir, resistir e vencer com a graça do Senhor, no poder do Espírito Santo.
Livra-nos no mal, em nome de Jesus, amém!
Pr. Jason Gomes